segunda-feira, 13 de julho de 2009

OFICINA 3: UM OLHAR ACERCA DA LEITURA
E DOS PROCESSOS DE ESCRITA
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A Oficina 3, realizada no início do mês de junho, foi dedicada ao TP4 _ Leitura e processos de escrita 1. O ponto de partida para a discussão da temática foi a dinâmica Autoretrato, na qual foram distribuídas folhas de sulfite, dobradas ao meio, para que cada cursista desenhasse, na parte externa do papel, a si próprio ou algo que o representasse, e para que completasse, na parte interna, a seguinte frase: “Ler e escrever para mim, é...” Um cursista de cada vez, com a ajuda dos demais participantes, tentava descobrir, através da leitura do desenho, quem era o colega ali representado. Após descobrir de quem se tratava, lia a concepção de leitura e escrita por ele explicitada. Depois que todos os autoretratos foram lidos, comentamos o processo de leitura desenvolvido na atividade, assim como recuperamos diversas opiniões por eles escritas na complementação da frase proposta, ressaltando pontos positivos e desmanchando equívocos cometidos nas expostas.








Outro meio utilizado para o resgate destas concepções, assim como do conceito de letramento, foi a apresentação, em slides, de depoimentos sobre leitura e escrita, retirados dos TP 3 e 4, assim como de outras fontes. Pensamos que foi extremamente rico este procedimento de comentar a experiência do outro, neste processo. Demos eco às vozes dos seguintes autores: Patativa do Assaré, Luiz Vilela, Paulo Freire, Lygia Fagundes Telles e Ferreira Gullar.












Abordamos, também, as concepções teóricas fomentadas neste TP4 por meio de slides produzidos a partir de trechos selecionados: (1) de toda a Unidade 13 _ Leitura, escrita e cultura _ no intuito de firmar o conceito de letramento, presente no primeiro texto de referência (Matêncio), bem como firmar a importância de seu desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem; (2) das unidades 14 e 15 e do segundo texto de referência _ Por quê meu aluno não lê?_ de Kleiman. Abordamos, desta feita, os seguintes tópicos: significados do texto; objetivos da leitura; as relações entre escola e leitura, entre o prazer e a leitura e entre o conhecimento prévio e a leitura; a importância das perguntas, durante o processo de leitura; e a relação entre o saber lingüístico e o uso da linguagem.

Quanto às atividades propostas pelo TP, para serem desenvolvidas na oficina, mais uma vez as submetemos a um incremento. Para realizarmos a primeira atividade, utilizamos, ao invés do poema Cidadezinha qualquer, como indicado, diversos poemas metalingüísticos, tendo em vista os conteúdos do TP4. Tomamos esta decisão porque, como pudemos constatar durante o acompanhamento, vários de nossos cursistas haviam realizado, com seus alunos, a dita atividade, o que seria extremamente repetitivo, além do que, foi uma excelente oportunidade para saborearmos os escritos de outros autores. Entre eles: o próprio Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Manoel de Barros e Vinícius de Moraes.












A atividade 2 também sofreu modificações. Após a análise do texto apresentado pelo TP4, distribuímos imagens retiradas de revistas, para que cada grupo criasse dois tipos diferentes de propaganda, a serem socializadas com os demais cursistas: (1) uma propaganda comercial, que vendesse o produto que constava na imagem escolhida (tênis, relógio, tinta para parede, óculos de sol, etc); e (2) uma propaganda social, que vendesse uma idéia, baseada também nas imagens (importância da doação de órgãos, da preservação ambiental, da inclusão de pessoas com deficiência, etc)
Também apresentamos, ao longo da oficina, diversos vídeos, de até 5min, acerca dos temas discutidos, como: a importância de ler, o poder de transformação da leitura, a arte de escrever, o conceito de letramento, etc.

terça-feira, 7 de julho de 2009

DISCUTINDO GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
Em maio realizamos a segunda oficina, correspondente ao fechamento dos trabalhos com o TP3.




O encontro teve início com a “dinâmica das bexigas”, na qual foram distribuídos balões, que continham palavras relacionadas aos conteúdos explorados no TP em questão. Após serem cheios por cada cursista, os balões deveriam, ao som de uma música, ser mantidos no ar, com a ajuda de todos, e, em seguida, estourados, para que as palavras neles contidas fossem alvo de nossos comentários.




A dinâmica propiciou entrosamento e reflexão acerca de temáticas importantes do TP3, assim como de atitudes indispensáveis à condução de um bom aproveitamento do programa GESTAR II, como o trabalho em equipe, o cooperativismo, a perseverança, a interação, o comprometimento e a dedicação. A dinâmica foi fechada com a apresentação de slides com trechos do poema Tecendo a Manhã, de João Cabral de Melo Neto, no qual estão implícitos os mesmos preceitos.
O primeiro texto de referência _ Gêneros textuais: definição e funcionalidade _ foi retomado por meio de slides, com trechos destacados do capítulo completo do livro do qual faz parte, e não só do excerto contido no TP3, permitindo uma ampla discussão em plenária. Já o segundo texto, primeiramente foi retomado através de discussões em grupos, divididos conforme os tipos textuais abordados por Platão e Fiorin, e que, em seguida, também socializaram suas posições.




Também apresentamos, através de slides, posicionamentos teóricos de diversos outros autores, a exemplo de Marcos Bagno, Magda Soares, Luiz Antônio Marcuschi, Vera Menezes Paiva, Schneuwly e Bronckart. Tais posicionamentos foram costurados com ilustrações virtuais de gêneros textuais, como divulgação de charges, fábulas, propagandas, etc.




Além do que foi proposto no TP3, para ser aplicado na oficina, realizamos outras atividades práticas, como a análise de diversos gêneros textuais, retirados do próprio TP e apresentados a cada grupo de cursistas, em forma de cartões. Os grupos deveriam analisar se estes gêneros costumam ou não ser abordados por eles, junto a seus alunos, e propor formas de levá-los, com produtividade, a fazerem parte do processo de ensino-aprendizagem.

Abril de 2009: Oficina de abertura das atividades do programa

Na primeira oficina, que realizamos no mês de abril de 2009, abordamos a importância da formação continuada para o profissional da educação. Neste encontro, referente ao Guia Geral, estiveram presentes cursistas e gestores das escolas participantes. Nosso intuito foi apresentar:
§ O cronograma de execução das atividades do GESTAR II, os objetivos e expectativas do programa;
§ As ações integrantes do programa: atividades individuais e à distância, seções coletivas, plantão pedagógico e acompanhamento pedagógico;
§ O sistema de avaliação do GESTAR II: lições de casa, transposição didática, oficinas, avaliações, auto-avaliação e projeto;
§ Os fundamentos da proposta pedagógica e do currículo de língua portuguesa;
§ O sistema instrucional de aprendizagem do GESTAR II: estrutura dos Cadernos de Teoria e Prática (TPs) e dos Cadernos de Atividades de Apoio e Aprendizagem (AAAs);







Foi bastante proveitoso o uso das atividades presentes no Guia Geral, que continham perguntas acerca: das expectativas dos participantes quanto ao programa; das concepções de cada professor sobre o ensino-aprendizagem e sobre seu papel nesse contexto; sobre a organização do GESTAR II e a participação da escola em sua execução.


Iniciamos esta oficina com a dinâmica “Muro das lamentações”, através da qual os professores puderam apresentar-se e expor, através de palavras-chave, suas angústias quanto à educação e ao ensino de língua portuguesa, e, nós, formadores, pudemos ressaltar palavras-chave positivas, inerentes ao programa GESTAR II.
Escolhemos o vídeo O saber e o sabor, veiculado pela TV Escola, para enfatizarmos a concepção de ensino-aprendizagem na qual acreditamos, e que permeia o programa. Para conduzir a discussão sorteamos perguntas sobre o vídeo, para que os participantes tivessem um ponto de partida para seus comentários.Também expusemos, ao longo do dia, slides contendo frases de personalidades ligadas à educação, como: Rubem Alves, Paulo Freire, Maurice Tardif, Fernando Haddad, Moacir Gadotti, para propiciarmos reflexões, relacionando-as à nossa prática.






Ainda fez parte desta oficina a apresentação do Caderno de Teoria e Prática 3 (TP3), que versa sobre Gêneros e tipos textuais, e que deveria ser o primeiro ao qual os cursistas se dedicariam. Destacamos a lição de casa a ser realizada e entregue, por escrito, na oficina subseqüente, para constar da avaliação de cada cursista, assim como de seus potfólios: (1) os textos teóricos que fundamentam o TP, presentes na seção Ampliando Nossas referências, e que vem sempre acompanhados de questionamentos; e (2) as atividades da seção Avançando na Prática, a serem aplicadas na transposição didática, e também socializadas com os demais colegas, na oficina seguinte. Decidimos sempre recolher as respostas aos textos teóricos, além dos relatos das transposições e de exemplares das atividades feitas pelos alunos, porque nos parece garantir a leitura mais detida dos mesmos, assim como uma melhor avaliação nossa, quanto à compreensão de cada cursista.